Daqui a dez mil anos...

Daqui a dez mil anos ainda se ouvirá o grito de GO-LAAAAAA-ÇO depois do tento magnífico, portentoso, épico, indescritível marcado por Luiz Guilherme Burlamaqui Soares Porto Rocha naquela tarde de oito de dezembro de 2008. Até então era uma peleja banal, uma ação entre amigos comum a esta época do ano. A seleção da História ia impondo sua juventude e seu talento sobre os "teóricos" do futebol. Até Lugui disputar uma bola mais perdida que a Atlântida, mais sem esperança do que a defesa do Vasco e mais impossível do que encontrar papel nos banheiros do ICHF.

Pois bem, faltando poucos minutos, o indômito CDF-artilheiro do NEPESS, prensado por dois avantajados zagueiros e tendo pela frente um arqueiro intransponível, chutou uma, duas, três mil vezes, com o pé, com o joelho, com a canela e principalmente, senhores (e senhoritas), com a ALMA! (ver em http://www.youtube.com/watch?v=mMdpnzp8880 )

Depois daquilo o time da História desmanchou feito castelo de areia, a vitória do NEPESS era um decreto dos deuses contra o qual seria vão resistir. Resultado final: NEPESS 5x3 Seleção da História.

Começamos nossa gloriosa caminhada rumo ao campeonato mundial das linhas de pesquisa do CNPq. Que venham o Scriptorium, As dimensões do Medievo, a Companhia das Índias (sobretudo elas!) que estaremos dispostos a batê-los inexoravelmente.

Feito esta breve e equilibrada análise do jogo, passemos a uma consideração não menos imparcial das atuações individuais:

Luiz "Yashin" Rojo (CAPITÃO): Olímpico goleiro, um show de reflexos, arrojo e experiência ao orientar a defesa do NEPESS. Ainda jogou alguns minutos na zaga, só para mostrar como se faz.

Flávio: Compôs bem a defesa. Saiu por cansaço, tinha passado a noite inteira na Internet pesquisando e estudando como fazem todos os CDF's do NEPESS. Mas há também uma segunda versão: de que deixou o campo para paquerar uma torcedora. Esses nepessianos são espada!

Alvito: o mesmo perna-de-pau de sempre. Time que consegue ganhar com um cara desses jogando na zaga deveria receber um troféu.

Fernando Rayol: Substituíu com sobras o velho e cansado mestre. Muita raça e disposição, reinou absoluto na defesa, não dando chances aos garotinhos da História.

Heitor: Deu um show de vontade, roubando mais bolas do que os punguistas da Central do Brasil. Sabe tocar a bola e bateu um córner na cabeça do Cappelli para um dos quatro gols do terrível Rogerinho.

Bernardo: Classe. Categoria. Visão de jogo. No segundo tempo mordeu mais do que o Leão do Imposto de Renda fechando a marcação implacável do NEPESS no meio de campo.

Filipe Senos: Uma fera. O mais habilidoso e o mais dedicado à equipe. Defendia, armava, atacava, incansavelmente. Um craque calçado com as sandálias da humildade. Os deuses o protejam.

Cappelli: tocou um terror na defesa dos historiadores com um repertório completo de chutes, dribles, cabeçadas... Balançou a rede de Clio quatro vezes. Outro motor da equipe, correu além da conta. Também, mestrado em umbanda e doutorado em futebol não é pra qualquer um.

Luiz Guilherme (Lugui): Bola de ouro, chuteira de platina, levou a moto, o rádio e uma porção de bolinhos de bacalhau para casa!

Técnica - Simoni Guedes: Armou bem a equipe e entregou o destino na mão dos deuses e nos pés dos craques do NEPESS.

Seleção da História: seremos piedosos e não faremos uma análise das atuações individuais**. Destacamos o espírito esportivo com que aceitaram a humilhante derrota para os velhinhos do NEPESS e os três gols do Bellot, demonstrando que o rebaixamento do Vasco não lhe subiu à cabeça.

Depois do jogo fomos celebrar a antológica vitória na nossa tão conhecida sede social: o Caneco Gelado do Mário.

Aviso importantíssimo: no ano vindouro as atividades acadêmico-ludopédicas do NEPESS serão retomadas com uma palestra seguida de pelada. Enviaremos mensagens a todos. Ah, logo, logo vou postar mais fotos da pelada mais sensacional de todos os tempos e não estou me referindo à Juliana Paes...

** Todavia é justo imortalizar o nome das primeiras vítimas do NEPESS: o já referido Bellot, Pedro Henrique, Fernando Vannier, Assis, Alan, Pedro, Alberoni, Café, Márcio, Melo e Chico.

2 comentários:

Marcos Alvito disse...

Pombas, ninguém vai postar um mísero comentário?

Chico disse...

Todos defendendo seu futebol como se estivessem envergando a camisa do próprio time de coração. Alguns com elegância, garra, falta de ar e muito fair-play (palavra técnica para descrever a camaradagem da pelada hehehe).
Rubro-negros, tricolores e até alguns vascaínos que estavam lá, surpreendentemente curando sua ressaca. Botafoguense acho que tinha um. Tá na proporção!
ah e sem contar o digníssimo árbitro que era europeu e claro, apitou à européia...
abraço a todos
Chico